Mentem-me tuas falas
Palavras que de sal se evaporam
Descendo os montes
Contaminando os bosques
Que outrora te sorriam.
Que vejo agora?!
Horas salobras, choradas
Lamentando ricas verdades
Bordadas em palavras tão bonitas!
E ainda que ardidas a dor que tu me doas
Este mal aqui pousado vive à toa
Salgando a alma de quem te ama docemente.
Ah, meu amado, por que mentes?!
(Marisa Rosa Cabral)
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