MEUS VÔOS

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dentro de Mim...

Dentro de mim existe fantasia
Sou duas partes em uma só...
Uma fala, de sentimentos brandos
Ternura, amor, calor
Alguns fragmentos
Delírios de momentos
Felicidade, dor,
Calmaria.
A outra fala,
Atiça meus desejos
Atormenta
Embriaga, seduz...
Toma conta do meu corpo
É lúdica
Lasciva
Mergulha em desejos
Ás vezes obscenos
Tira o meu sossego e perco a razão.
Ambas me completam.
Traduzem um equilíbrio
Emoção e razão,
Caminhando lado a lado
Iluminando meus dias.
(Mérci Benício Louro)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

POTRANCA

Essa mulher,
me enlouquece,
me deixa tesado
e ao mesmo tempo,
ela me enternece
e me faz enamorado.

Que fêmea monumental,
rosto lindo, corpo escultural,
jeitinho maroto e sensual.
Sinto que ela sabe que bagunça
com as minhas fantasias...
Com o meu emocional.

Quando ela passa
insinuante, provocante,
repleta de doce graça,
simulando não me ver,
me enfeitiça ainda mais,
me inebriando de prazer.

Ela não anda,
ela passeia, baila,
parece até volitar.
Ela caminhando
é a coisa mais linda,
que o olhar pode avistar.

Ao lhe espreitar,
não há um só homem
que se aquiete,
que não se agite e excite.
Nem uma só mulher,
que não a inveje e a imite.

Um dia, vou ter essa moça
para mim, vou endeusá-la,
em um altar colocá-la,
transbordá-la de emoção,
transformá-la no meu amor
e no meu parquinho de diversão.

Antônio Poeta

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010


poema de Mario Ferrari

A Praia

Navego no tempo qual ser estranho,
Homem faminto de quereres...
A água à toa da vida no olhar perdido
Ainda atiça meus desejos,
Ainda sustem minha nau de tantos não-rumos.
Da hora em que vim, ignaro de dores e cansaços à essa luz,
E tomei para mim o leme inútil de meu barco,
Entendi apenas que não importam os portos
Mas sim o oceano-tempo por onde vou inteiro,
A viver sem remorsos cada gota das águas que me cabem.
Navega, corpo meu cansado,
Singra as ondas que o deus do nevoeiro
Pôs à tua volta nesse mar de distâncias.
Haverá um porto no fim da jornada
Para a alma teimosa que carregas:
Uma ilha nua na pele de uma indizível mulher
Onde hei de me desfazer de quem sou
Do que fui, do que vi, do que fiz
E mesmo em meio ao medo e ao espanto,
Consentir e esquecer.










Contra a Maré


Sou um estranho amor
Mais que ilusão
Menos que paixão
Sou contrária a tudo o que é normal.
Quando devo esconder, exponho-me
Quando querem que eu me vista, me desnudo.
Quando querem que eu grite, me calo.
Invento-me, inverto-me
E vivo às avessas.
Procuro sorrisos
E às vezes
Olhares que domam meus afetos.
Na solidão dos meus passos,
Sinto um louco querer
Um deleite.
Sorvo-me por inteira
Faço planos
Giro em volta da vida
E até rio disso.
Mas no fundo me encontro...
A abandonar o que esperava
Para buscar o que não veio.


(Mérci Benício Louro).

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Espera

Como um poema divino
Entrego-me
Na busca do fogo que traz vida.
Deito-me, e fico a contemplar
O silêncio das estrelas.
E nessa porta infinita
Tenho o sonho em minhas mãos.
Absorta, com tamanha beleza
Perco-me nesse longínquo universo.
A lua migra entre os fios do meu cabelo...
A solidão mostra que a procura nao tem fim.
Minha obsessão,
Meus desejos tao infindos e vorazes
Deixam-me a flor da pele.
A noite adentra,
Rasgo-me em meus quereres
Tao fugazes!
Entao,
Engulo-me,
E espero o novo amanhecer.


(Mérci Benício Louro).


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