MEUS VÔOS

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Espera

Como um poema divino
Entrego-me
Na busca do fogo que traz vida.
Deito-me, e fico a contemplar
O silêncio das estrelas.
E nessa porta infinita
Tenho o sonho em minhas mãos.
Absorta, com tamanha beleza
Perco-me nesse longínquo universo.
A lua migra entre os fios do meu cabelo...
A solidão mostra que a procura nao tem fim.
Minha obsessão,
Meus desejos tao infindos e vorazes
Deixam-me a flor da pele.
A noite adentra,
Rasgo-me em meus quereres
Tao fugazes!
Entao,
Engulo-me,
E espero o novo amanhecer.


(Mérci Benício Louro).


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