Silêncio
Quisera escrever um sonho
Uma alegria,
Enviar como poesia.
Quisera perfumar o dia
Com palavras acarinhadas, e renovadas...(Arnalda Rabelo)
Proferir palavras com um
Simples raio do sol.
O coração silente e adormecido,
Borboleta, menina uma mulher.
Pedinte! Anda pela vida clandestina.
Misto de púrpura das tardes de verão.
Ousada, irreverente
Intensa, diferente, e mais além
Vive a seu único modo.
Na quietude, olha, e não faz gestos.
Fala, e não impede os atos,
Anseia em não permitir
Que interceptem seus passos.
Vive com os sentidos, fala com a natureza
Sem mesmo saber quem ela é, só por amá-la.
Senta ao chão para apreciar os campos
Que, afinal são mais verdes.
Mais puro que o desenrolar de uma vida.
Contenta com o espetáculo do mundo,
Só de sentir calor, frio e vento
E por isso,
Já vale a pena ter nascido.
Quer sair de si e ir tão distante,
Onde ninguém possa percebe-la.
Sente a brisa que escorre pelas manhãs
E lentamente se aquece no primeiro brilho do sol.
E assim a vida chega com doçura,
Ternura,
Vigor,
Desejo.
Não anseia pelas noites que o fim do dia lhe traga.
Almeja o alvorecer.
Respira...
E em cada novo fôlego,
Mais sentimentos a perscrutar,
No recôndito da alma.
Às vezes esquece de acariciar os sonhos
Mas se alimenta do amor da noite.
Constrói seus castelos
Nas cores do arco-íris.(Arnalda Rabelo)
Ama com o desperdício, como se nada fosse.
No silêncio, um som sentido
Por querer a beleza, a leveza
E fugir da tristeza.
Procura o rumo do vento
Encontra no seu pensamento
O que possa tocar seu coração.(Arnalda Rabelo)
Vida sem choro, sem dor, sem talvez.
Vida leve, vida viva!
Então balbucia baixinho...
Sou leve, sou tudo.
Quando há doação de corpo e mente,
Pode sentir o pulsar da alma...
Que agora implora o aquecer do coração...
Apenas diz:
Leve-me pro aconchego do mundo.
Só preciso ser feliz.
Sem resposta.
O coração pulsa
Em profundo silêncio,
Enquanto seu amor
Adormece em paz.
Mérci Benício Louro. (Para minha amiga irmã Chandra).
(Com adaptaçao do poema
"Quisera Eu" de Arnalda Rabelo)
(Com adaptaçao do poema
"Quisera Eu" de Arnalda Rabelo)
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