MEUS VÔOS

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Eu"


Eu,,
Uma pequena mulher 
Enroscada em meu mundo. 
Boca sedenta...
Às vezes fria.
Pés em lamaçais de desejos. 
Sede de vida, 
Com fome... 
Fome de amor. 
(MérciBenício)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Saudade

Saudade
De tristezas, absurdos e nostalgia,
a saudade dilacera meu corpo e meus pensamentos
Fantasia de cores e versos tantos
Carregam o amor perverso do meu sangue.
Vivo e enlouqueço a beira de um abismo,
Uma dor, fundo de coração sem cor,
Espatifada de memórias, sonhos e planos,
Sinto em mim uma mulher faminta de quereres...
Assim é meu degredo...
Beijos de vento,
Coração em alento.
Quero o resgate do abandono.
Então clamo
O eterno amor da saudade e dos desejos
Grito o amor que a minha alma sente
Venha!
Me ame toda,
mas não me desperdices como se nada fosse,
Apossa-te de mim,
Que serei teu porto de uma vida inteira.
(MérciBenício)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Solitude



                                                 

Vou sair pelo mundo, a divagar
respirando fundo poços de ilusões
a buscar o sentido do amor eterno
das saudades e dos desejos,
que eu mesma esqueci.
Memórias veladas,
pensamentos descuidados
olhar lascivo
no rastro da própria sombra,
sem poder dizer uma verdade sequer.
Esqueço-me...
Engulo-me...
É como se o amanhecer não fosse acontecer jamais.
Presa, e entregue à dor de não  resistir
as minhas incoerentes fantasias
Olho prá mim e vejo minha pequenez
Onde a culpa é minha própria redenção.
Não posso ter a paz do colo que procuro,
os braços para aquecer minha alma pedinte
Apenas  beijos de vento
Olhos ao mar e sonhos na noite.
A ilha é o que sou, um ponto.
Nada encontro de mim,
Ou daquilo que um dia eu seria,
Se de fato existisse...

(MérciBenício)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Nômade dos Mares




Nômade dos Mares

Meu coração silente e adormecido,
Há muito não deixava acariciar meus sonhos...
Meio desmensurado, torpe, precisando de cuidados
Parecia estar bem, até saber de ti.

Meu corpo a esmo, abandonado, dilacerado
reascendeu com tua visita, nômade dos mares.
Deixando-me assim absorta de desejos
a emaranhar-me dos teus encantos.

Venha ter-me como tua necessidade
Traga-me teu beijo, teu gosto adocicado...
Em descuido coloco-te em meus pensamentos,
e faço de mim mulher inteira prá ti.

Encontre-me em minha morada de sargaços
Que me vestirei de quimera, para ser teu alvo.
Entre murmúrios,terá a àgua de minha fonte
Desvelada em meu corpo e minha volúpia.

Ame-me toda, como se fosse teu refúgio sagrado,
apossa-te de mim e seja o dono dos meus credos.
Toma-me para ti com toda fúria do teu ser,
Que abrigarei o amor que hoje me faz ser tua.

(MérciBenício)

quinta-feira, 24 de março de 2011

A Ninfa

"A Ninfa !!!"


Poeta Cigano.


Despertou ela em meus braços, sorridente,

Uma ninfa morena que, ali me aprisionou,

Adusto ainda seu corpo, quente e, saliente,

Como dantes, quando, frágil me enfeitiçou,

Nesse desvario que, me assomou repente!


Sob os lençóis, ainda de êxtase, suspirava,

Estendendo seus lúbricos desejos, sensuais,

Pois, ainda buscava esse amor de fantasia,

Utópico, efêmero, vil, carnal e, nada mais,

Só restolhos, de uma esquecível, nostalgia!


Mas nesse gélido tálamo, nada mais havia,

Para reerguer essa paixão, enlouquecedora,

A chama do meu corpo, já não mais ardia,

Estava fragilizada, perdida, esmorecedora,

Há muito se apagara e, agora se despedia!!


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011










quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Beijo

Se de repente o calor envolver tuas veias
teu sangue pulsar em meu peito
Tua língua colar estrelas em meu céu da boca,
E a saliva escorrer entre os meus lábios...
Dá-me então esse teu beijo quente.
Leva de mim minha pureza,
E entrega a perdição de tua carne.
Faça do meu corpo o poço de teu desejo
E em tresloucadas mordidas
Sacie minha fome, 
Possua-me!
E serei a única mulher de tua vida.
Me queira no chão, na chuva 
Grite meu nome feito fera
Tatue teus sonhos em minha boca 
Cubra-me com teus galhos asas
E assim mergulharei em teu mundo.
Unida a ti nesse instante único,
A suspirar por teu beijo eterno.

(MérciBenício)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011


terça-feira, 18 de janeiro de 2011



Sua presença

Nua e desarmada, 
Entregue, a sonhar
Fico a acreditar teimosa,
Que existe um caminhar para além do horizonte 
Mas que não acontece.
Num sorriso a esperar por minha sorte,
Numa sombra a gritar por socorro.
Sou prisioneira de mim.
Procuro conhecer-me, querer-me
Devorar-me toda
Resisto.
Vejo-me como uma mulher insana
Que treme diante da vida 
Que respira e transpira desejos
Dos quais sequer sabe quais são.
Escondo um ser cansado,
Por trás de longas 
E pesadas asas.
Mas quando você chega
Feito menino travesso
Bagunça tudo, vira-me do avesso
Leva embora minha tristeza,
Envolve-me em seus mistérios,
Injeta em minhas veias, todo o seu saber
Toda sua energia
E me faz acreditar que não morri.

(MérciBenício)

sábado, 15 de janeiro de 2011



Amor vagante


Como se eu o tivesse chamado...
Chegou com teu carinho.
Abraçou-me!
E eu entrevejo
Teus lábios sorrindo,
Pedinte a me pertencer.
Tua pele,
É o curso dos meus ventos...
Teu corpo, 
Todos os recantos.
Tu tens meu desejo largo tatuado.
Teus olhos claros
São o abismo do meu sonho
Meu perfume é teu veneno.
Quero me perder em tua alma pagã.
Amor vagante!
Me queira como tua 
Aqueça meu coração.
Entregue-te ao meu amor.
Seja feliz que serei também.
(MérciBenício)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011



Encantamento 
(Sítio Solidão) 

Em muitos anos minha vida foi sonhar.
Sonhei com um lugar...
ele tinha cor, encantamento, beleza natural
Lá nos meus sonhos eu tive casa, amor, alegria.
Percorri uma estrada solitária, na esquina da noite,
e fui dar com o gancho da lua.
Fixei-me nas estrelas, sentindo o cheiro de mato.
De sombra em sombra voei até o porto solidão.
Me deparei com meus tantos enganos, e meus tantos luares.
Vi vagalumes brilhando feito jóias,
Borboletas dizendo que a morte sempre será amenizada pela vida.
Uma andarilha da noite!
A manhã chegou.
O sol nasceu muitas vezes em meu titubear cansado.
Mas ali era o paraíso.
O horizonte despontava da janela, 
indo de encontro com as flores, 
beleza daquele instante.
Tão meu, tão único.
Senti-me só diante de tudo, nada a me pertencer.
Minhas vestes, meu corpo, minha história.
E tudo tão incrível!
Estarrecedor!
A paisagem não permite espaço para a dor
Acalanto do meu viver.
O encanto está em todas as paixões e melancolia.
Me permito ver além...
Num momento
Rasgo ventos, canto meus versos, subo em àrvores
descubro o momento de paz.
Escrevo meus desejos e os solto sobre os campos nus.
Aqui não existe medo.
É como se o amor ultrapassasse a fronteira,
e acontecesse quando estamos distraídos...
E assim eu pudesse me encostar no rosto de Deus.
No mais vou vivendo a fantasia de um lugar sonhado,
lindo...
puro...
Um lugar encantado.
Onde a alma acaricia meu espírito.
(MérciBenício)

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011




Beijo

Se de repente o calor envolver tuas veias
Teu sangue pulsar em meu peito
Tua língua colar estrelas em meu céu da boca,
E a saliva escorrer entre os meus lábios...
Dá-me então esse teu beijo quente.
Leva de mim minha pureza,
E entrega a perdição de tua carne.
Faça do meu corpo o poço de teu desejo
E em tresloucadas mordidas
Sacie minha fome, 
Possua-me!
E serei a única mulher de tua vida.
Me queira no chão, na chuva 
Grite meu nome feito fera
Tatue teus sonhos em minha boca 
Cubra-me com teus galhos asas
E assim mergulharei em teu mundo.
Unida a ti nesse instante único,
A suspirar por teu beijo eterno.
(MérciBenício)





Jóia


Esta pequena gema imaginada,
Jóia engastada em seu mundo,
Por um segundo líqüida,
Por um segundo ar,
E agora enfim sólido âmbar,
Sou eu.

Conserve-me seu
No coração...
Assim no seu dia a dia,
Sua melancolia
Poderá ter trégua
Na lágrima endurecida.

E se emudecida na noite vazia,
Você chorar insone,
Traga leve a mão esquerda
Ao peito e tome
Entre seus dedos
O relicário do meu segredo,

A conta de amor
Que não a deixará.
(Mario Ferrari -  in memorian)





Prá você Mario...
meu poeta!

Fique bem além da eternidade.
Amodoro você prá sempre!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011






Prá você Mario,
(in memorian)

Meu poeta!

Era uma vez...
um anjo torto a proteger a alma 
de uma "ninfa tonta de raiz".
Já se sabia
meu Rei antes mesmo de me encontrar.
Entrou no meu mundo,
como se fosse meu dono, e ensinou
como ser livre para lutar.
Esteve comigo sem nada pedir
Ajudando na travessia.
Hoje não ouço o barulho do vento,
nem o som da tua voz.
Nem o tilintar das estrelas...
Apenas eternizadas pegadas
na minha alma de menina.
Vou sentir saudades dos seus olhos,
do seu sorriso delirante e isento,
de toda a história que fizemos...
dos poemas, dos lamentos.
Corto o cordão que me prende a seu umbigo,
sobra o pó... que desatino.



E você se encontra nu diante dessa fronteira,
Essa angustiante marca entre mundos.
Minha alma grita em dor, por não ter mais seu abrigo.
Deixo que seu espírito se vá.
Com a luz e a paz em sua companhia.
E eu ficarei aqui tal qual a boba da noite
a cuidar das avarias
de meu coração que se desfaz.
Aguardar incansavelmente 
o dia que o encontrarei lá longe...
do outro lado...
Em outro mundo...
Lá no fim daquele mar.
Saudades!
(Mérci Benício)

"Uma borboleta pousou
Em teus lábios entreabertos
E deixou uma gota doce...
Dormias, mas sentiste o sabor,
Pois esboçaste um leve sorriso...
Era um beijo...
Como queria que acordasses!"