MEUS VÔOS

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011






Prá você Mario,
(in memorian)

Meu poeta!

Era uma vez...
um anjo torto a proteger a alma 
de uma "ninfa tonta de raiz".
Já se sabia
meu Rei antes mesmo de me encontrar.
Entrou no meu mundo,
como se fosse meu dono, e ensinou
como ser livre para lutar.
Esteve comigo sem nada pedir
Ajudando na travessia.
Hoje não ouço o barulho do vento,
nem o som da tua voz.
Nem o tilintar das estrelas...
Apenas eternizadas pegadas
na minha alma de menina.
Vou sentir saudades dos seus olhos,
do seu sorriso delirante e isento,
de toda a história que fizemos...
dos poemas, dos lamentos.
Corto o cordão que me prende a seu umbigo,
sobra o pó... que desatino.



E você se encontra nu diante dessa fronteira,
Essa angustiante marca entre mundos.
Minha alma grita em dor, por não ter mais seu abrigo.
Deixo que seu espírito se vá.
Com a luz e a paz em sua companhia.
E eu ficarei aqui tal qual a boba da noite
a cuidar das avarias
de meu coração que se desfaz.
Aguardar incansavelmente 
o dia que o encontrarei lá longe...
do outro lado...
Em outro mundo...
Lá no fim daquele mar.
Saudades!
(Mérci Benício)

"Uma borboleta pousou
Em teus lábios entreabertos
E deixou uma gota doce...
Dormias, mas sentiste o sabor,
Pois esboçaste um leve sorriso...
Era um beijo...
Como queria que acordasses!"

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