Contra a Maré
Sou um estranho amor
Mais que ilusão
Menos que paixão
Sou contrária a tudo o que é normal.
Quando devo esconder, exponho-me
Quando querem que eu me vista, me desnudo.
Quando querem que eu grite, me calo.
Invento-me, inverto-me
E vivo às avessas.
Procuro sorrisos
E às vezes
Olhares que domam meus afetos.
Na solidão dos meus passos,
Sinto um louco querer
Um deleite.
Sorvo-me por inteira
Faço planos
Giro em volta da vida
E até rio disso.
Mas no fundo me encontro...
A abandonar o que esperava
Pará buscar o que não veio.
(Mérci Benício )
Um comentário:
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... passando aqui,
para sentir teu cheiro
por entre o perfume
das tuas perfumadas
palavras...que me levam
a inalar tua pura alma!
Beijo...Loucopoeta!
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