MEUS VÔOS

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Calmaria



Meus caminhos são um desenrolar de emoções
Como fontes de luz fria, estrelas a reluzirem
Diante dos meus próprios olhos, a despertar meu mundo.
Vou seguindo alheia num vazio a procurar, sem encontrar
Espreito olhares absortos e distraídos,
Indo embora num passo firme e decidido...
Vejo-me na solidão, dou-me enfim por vencida
Triste sina querer reviver o que já fora esquecido.
Dos casos e descasos deixados no além
Voltam delírios de uma alma atormentada.
No âmago, um reflexo, uma sombra
Nunca houvera uma mulher amada.
Mas não é o fim, ainda que amargurada
Renasço do pó, alimento meus sonhos
E imagino alegria em dias tristonhos.
Quero ver a lua e profanar sua melancolia
Abrir meus braços para serem asas
Voar onde nem mesmo os pássaros conseguem chegar.
Desvendar enígmas, gritar a dor em flor de nostalgia
Depois desse ardor fugaz, grande calmaria...
Dispo-me mais uma vez do veneno, que tanto angustia.
E volto a fazer minhas eternas vigílias.

Mérci

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