Estou a amar-te como o frio corta os lábios.
A arrancar a raiz ao mais diminuto dos rios.
A inundar-te, com minha saliva.
Estou a rodear de agulhas a boca mais vulnerável.
A marcar sobre os teus flancos itinerários da espuma.
Assim é o amor: mortal e navegável.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
O Amor
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Triste Alma
Sinto-me nua na calçada
Na rua escura, e deserta
A não saber se é dia ou noite.
Apenas vejo fragmentos de mim.
Eu sou poesia triste,
Um pólem do tempo,
Uma fruta da terra,
Pó de asa de anjo
Com o semblante caído entre os joelhos...
Sou espelho de uma pequena imagem
Uma gruta a esperar o meu próprio naufrágio.
Sou uma palavra, uma fábula
Despida véu a véu...sou corpo
A queimar no disfarce de minhas verdades.
Alma em lama, ossos triturados, coração em estilhaços.
Uma fêmea obscura em minhas entranhas
Praguejando a vida ávida, grave, devoradora de mim.
Não vejo o cintilar das estrelas
Apenas um rosto que o vento soprou.
No lume que meus olhos ficam
Vejo o desejo de amar
De querer...
Mas nada faço...
Eu fui, eu sou, eu serei a eterna busca.
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
Loucura....
Loucura ...
É o que sinto no peito
Quando meio sem jeito você vem
E deixa minha vida assim desse jeito
Loucura é pensar em seu carinho mágico
Que num abraço faz meu corpo estremecer,
No peito, diz que sou sua e beija meu lábio,
Como posso deixar de sentir e viver.
Se fico um tempo sem procurá-lo
Você num acaso esbarra na porta
E me olha sem querer.
Loucura esconder o certo e errado,
Meio atribulado...
Se o desejo desperta num vai e vem.
Loucura é seu cheiro, seus ais, palavras banais
O que me tortura,
E me faz querê-lo cada minuto mais,
Insano, louco, demente, presente em mim
Para se fazer tão grande esse sentimento
Onde nada é seu, nada é meu...Exagero!
Procuro,
Sou coisa noutra coisa, e toda em cada coisa.
Coloco o tudo e o nada para ser feliz
Em cada lago, lado a lua brilha e suave ilumina
Os caminhos tortuosos, pés no chão, alma nua
Sigo meu destino, em total desalinho, cabelo ao vento,
Rego minhas plantas,
Observo as árvores com suas folhas
E vejo que grande e nobre é nossa chama,
Nossa existência.
A realidade sempre é mais ou menos disforme.
Deixo minha dor e coloco você na minha frente...
Guardo aquele beijo que você me deu,
O disparo do coração,
A respiração ofegante, as mãos,
Seu olhar dizendo “a quero menina”
Penso, reflito, anseio,
Culpo, rio, latejo, pulso e digo...
Nunca interrogue essa loucura,
A resposta está além dos Deuses...
Mérci
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Calmaria
Meus caminhos são um desenrolar de emoções
Como fontes de luz fria, estrelas a reluzirem
Diante dos meus próprios olhos, a despertar meu mundo.
Vou seguindo alheia num vazio a procurar, sem encontrar
Espreito olhares absortos e distraídos,
No âmago, um reflexo, uma sombra
Nunca houvera uma mulher amada.
Mas não é o fim, ainda que amargurada
Quero ver a lua e profanar sua melancolia
Abrir meus braços para serem asas
Voar onde nem mesmo os pássaros conseguem chegar.
Desvendar enígmas, gritar a dor em flor de nostalgia
Depois desse ardor fugaz, grande calmaria...
Dispo-me mais uma vez do veneno, que tanto angustia.
E volto a fazer minhas eternas vigílias.
Mérci
terça-feira, 12 de agosto de 2008
O Beijo
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Fantasiando
Fantasias de amor...
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Soneto em dueto
Como sentir de teus doces lábios, os beijos
Beijos e desejos que ficam além daquele mar
Mas o vento que vem do mar, me assiste
Mérci e Loucopoeta
domingo, 3 de agosto de 2008
Amor e querer...
Sinto no amanhecer, tão fresco sabor
Teus doces lábios carregados de mel
Deslizando toda doçura na minha pele
Penetrando nela o teu ardente calor.
Um contato afetivo é algo fiel
O coração em batidas descompassadas
Numa só alma, mãos enlaçadas
E num só corpo, o amor pele a pele.
Um amor que não esqueço, que teve um começo
Perto de ti calo-me, tudo penso nada falo
Sinto-me como alma vil, apenas estremeço
E nesse teu arrepio, enlouqueço ao desejá-lo
O amor que carregas e por ele tanto padeço
Dando-te vida e alma, por tanto querê-lo!
Mérci