Diz-me então, vês algo de tenebroso em mim?
Se de minha alegria os sonhos desistiram,
Entristecida vida que desfaço na poeira,
Ainda dirás que saudades por mim resistirão.
E o vicio que parecia um devaneio,
Oceano donde vinha uma gota triste
Que ia além, e corria livre pelo peito,
No vendaval que levou o amor que tive,
Partiu numa enchente de flores flutuantes,
Seguiu uma estranha ave, uma Águia como fada
Que pousou nos ombros, eterna e distante.
Há dor enquanto minh’alma chora.
Perdeu-se a prudência do meu espírito
Nesse infindo sentimento, de solitário pranto,
De Musa que morre de delírio
Quando da boca sai o último canto.
No céu, vê-se um anjo dormindo
Em alta nuvem, sem qualquer luar,
Tão belo, e tão frio o seu sorriso
Que encanta, mas também faz chorar!
Diz-me então, o sentimento se esvai
Com dizeres feito as nuvens frias,
Fizeste das trevas meu funeral.
Pena, levaste então os meus dias!
Fala...
Fala...
Vês algo tenebroso em mim?
Se de minha alegria os sonhos desistiram,
Entristecida vida que desfaço na poeira,
Ainda assim meus olhos te seguiriam.
E no vicio que parecia um devaneio,
Oceano donde vinha uma gota triste
Que ia além, e corria livre pelo peito,
No vendaval que levou o sentimento que tive,
Perdeu-se a prudência de meu espírito
Nesse infindo sentimento de solitário pranto;
Dê música ao meu peito! Que morre de delírio
Quando na boca secou o meu último canto.
No céu, vejo um anjo dormindo
Em alta nuvem, sem qualquer luar
Tão belo,mas frio o seu sorriso
Que encanta, e me faz chorar...
Mérci
Mérci
2 comentários:
***
Na vossa amargura
Me envolvo
No silêncio
De vossas lágrimas
Escuto
Murmúrios cristalinos
Que pousam
Em vossos lábios
Levando o sabor
Da vossa...Dor!!!
Parabéns...Mérci
Lindo...carregado de sentimento!
De si...só poderia ser poema sentido!
Loucopoeta...
***
Loucopoeta,
De ti só poderiam vir palavras lindas.
Obrigada!
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