MEUS VÔOS

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Palco do Poeta

Todo poeta é um delinqüente ator
Que leva ao palco-vida a ironia
Se um dia vê tristeza na alegria
No outro gargalhadas, vê na dor.
Sou um poeta-ator e me apresento
Contracenando com a felicidade
Não mais escrevo versos à saudade
Somente ao riso e ao contentamento.
Quero no palco representar a luz
Cansei de carregar a pesada cruz
Do desamor e da desesperança.
Cansei de escrever versos errantes
Por isso aos atores coadjuvantes
Eu deixo a velha dor como herança.

Carambola, 15 de setembro de 2007.

Por: Amaro Vaz

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