Nua e desarmada,
Entregue, a sonhar
Fico a acreditar teimosa,
Num caminhar para além do horizonte
E nada acontece.
A crer no sorriso,
Indagando a própria sorte,
Sou prisioneira de mim.
Vivo feito sombra a gritar por socorro.
Procuro conhecer-me, querer-me
Devorar-me toda.
Resisto!
Vejo-me como uma mulher insana
Tremendo diante da vida
Respirando e transpirando desejos
Sem ao menos saber quais são.
Escondo um ser cansado,
Por de trás das longas
E pesadas asas, querendo voar.
Quando você vêm
Feito menino travesso
Bagunça tudo, vira-me do avesso
Leva embora minha tristeza,
Envolve-se em meus mistérios.
Injeta em minhas veias,
Todo o seu saber
Sua energia
Seu querer
E faz-me acreditar que não estou morta.
Mérci
sábado, 31 de janeiro de 2009
Sua Presença
Sonho Real
Desejo apenas isto, - é algo urgente -,
ter Você como alguém muito importante
para criar um mundo mais decente
de uma decência sábia e elegante
Se Você se tornar mais consciente
da sua força e talento, isto garante
a participação eficiente
para levar meu sonho, - bom -, avante
Se cada qual cuidar de si, garanto
que este mundo, - tão louco e tão sofrido -,
há de gozar mais paz e ter sentido
que enquanto brote o riso, cesse o pranto
a partir do lugar de mais valor
a partir de seu mundo interior.
Diógenes Pereira de Araújo
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Caminhos
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já ...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida ...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais ...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam ...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos
é nunca ter sofrido ...
Pablo Neruda
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Curta e Grossa
Não gosto de
Meias palavras!
Por isso
Ande, venha
Devore-me inteira
E nem se dê ao trabalho
De enigmas decifrar.
E deixe que eu simplesmente
Te coma!
Mérci
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Noturno
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Costume
Às vezes olho para trás,
E o que vejo em cada momento,
São pedacinhos...
Estradas interrompidas.
Busco sentidos,
Nascer e crescer,
Ser mais que fragmentos.
Amo! sem saber o que amo.
Sou fera inocente
Brigando com meus sentimentos.
Um querer tão certo como o calor do fogo.
Não sei saber se é real, vital.
Nem mesmo,
O nome da minha alma.
Não sei onde começo,
Ou onde irei parar.
Apenas...
Que costumo voar.
Mérci